A HORA DE AGIR É AGORA!!! - Não há Planeta B
Integrado no julho com Vida, realizou-se no passado dia 4 de julho de 2024, no auditório da Unisseixal, uma Aula Aberta da disciplina de Questões Ambientais – Professora Mariana Mareco sobre o seguinte tema. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS – A HORA DE AGIR É AGORA!!! - Não há Planeta B
As alterações climáticas são uma ameaça à “Vida na Terra”; mesmo com promessas feitas no “Acordo de Paris” as temperaturas globais ainda podem aumentar em 3,4 graus centígrados neste século, forçando as pessoas a adaptarem-se a padrões climáticos extremos.
- A União Europeia está empenhada em assumir uma posição de liderança na implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em conjunto com os Estados-Membros e de acordo com o princípio da subsidiariedade.
- Adotada em 2015, a Agenda 2030 das Nações Unidas - o novo quadro mundial para o desenvolvimento sustentável - estabelece 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. A UE teve um papel decisivo na definição da agenda mundial para 2030. Em novembro de 2016, a Comissão Europeia apresentou a sua abordagem estratégica para a aplicação da Agenda 2030.
Portugal foi um dos primeiros países da UE a completar o processo de ratificação do Acordo de Paris, em 2016. O país está igualmente empenhado na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS (nos planos interno e externo). O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em colaboração com o Ministério do Planeamento, tem o papel de coordenação geral na implementação da Agenda.
Problemas que Portugal tem de enfrentar para cumprir o pacto ecológico europeu:
- Gestão de resíduos
- Mobilidade sustentável (Poluição zero, Zero emissões de gases com efeito de estufa)
- Pressão sobre o território
- Pobreza energética do edificado
Uma análise feita pelas Nações Unidas no ano passado revelou que a meta possivelmente não foi alcançada, portanto, países ricos estão sendo intimados a contribuir com mais dinheiro.
O nível de comprometimento da China na COP 26 também será um fator importante. É o maior poluidor do mundo e possui investimentos em energia à base de carvão pelo mundo todo.
Muitos observadores estarão de olho no quão rápido a China, e outros grandes produtores de combustível fóssil, estarão dispostos a reduzir sua dependência nessas fontes poluentes.
O clima está a mudar por causa da forma como as pessoas vivem hoje em dia, em especial nos países mais ricos e economicamente desenvolvidos, que incluem os da União Europeia e o planeta está a aquecer, e isto é provocado pela poluição que o ser humano produz.
As Centrais que produzem a energia necessária para a eletricidade e aquecimento das casas, os automóveis e os aviões em que viajamos, as fábricas que produzem as coisas que compramos e as explorações agrícolas onde são cultivados os alimentos que consumimos contribuem para as alterações climáticas, emitindo os chamados “gazes com efeito de estufa”.
Este aquecimento é perigoso para os ecossistemas, levando à extinção de espécies, afetando as plantas, os animais, a qualidade da água e do ar que respiramos e, claro, é uma ameaça para a nossa saúde e para toda a vida na Terra.
As alterações climáticas são uma emergência humanitária e de desenvolvimento com proporções globais, que afetam sobretudo os países menos desenvolvidos e os setores da população mais pobres e vulneráveis.
Se a temperatura global aumentar 1,7 graus centígrados, a escassez de água poderá afetar muitos mil milhões de pessoas. Em todo o mundo, o número de desastres naturais triplicou desde 1980 e até 2050, é provável que 75% dos glaciares dos Alpes Suíços desapareçam.
Nós somos a última geração que pode lutar para inverter esta situação. Vamos pensar, agir e tomar atitudes que podem mudar o mundo …
1- Deslocações
Nas suas deslocações na cidade, sempre que possível opte por modos suaves – andar a pé ou de bicicleta – ou pelo transporte público.
2- Digital sempre que possível
Adira ao digital sempre que possível, colaborando e reunindo com outras pessoas através da internet, evitando assim viagens desnecessárias. No caso dos voos aéreos, reduza-os ao absolutamente essencial e, em particular, evite voos curtos (< 500-600km) a favor do comboio.
3- Dar preferência a alimentos de origem vegetal
Caso siga uma dieta que inclua carne, limite o seu consumo, em particular de carne vermelha (vaca, porco, borrego, enchidos), dando preferência a alimentos de origem vegetal, incluindo leguminosas.
4- Na hora de fazer compras
Consuma de preferência alimentos/produtos sazonais e locais e a granel, sem embalagem descartável.
5- Contrato de eletricidade
Mude o seu contrato de eletricidade para um fornecedor de eletricidade renovável
6 - Como escolher aplicações financeiras
Escolha aplicações financeiras ambientalmente sustentáveis, em cujo portfólio apenas estejam produtos ou serviços verdes e, pelo contrário, onde não constem investimentos em carvão, gás ou qualquer tecnologia, produto ou serviço poluente.
7 - Melhorar o conforto térmico
Caso a sua casa e orçamento o permitam, instale painéis fotovoltaicos e melhore a sua eficiência térmica, por exemplo através de janelas de vidro duplo, palas sombreadoras no verão, climatização e aquecimento de águas sanitárias por bomba de calor e solar-térmico, iluminação eficiente e uso de termostatos regulados para uma temperatura de conforto moderada, quer no verão quer no inverno.
8 - Plantar uma árvore
Se tem um quintal ou propriedade onde possa plantar árvores, faça-o, utilizando espécies adaptadas e resilientes ao clima local presente e esperado para o futuro.
9 - Usar menos água
Use menos água, pois levá-la até si e aquecê-la implica elevados gastos energéticos.
10 - Pensar e agir de acordo com os cinco R
Pense e aja de acordo com os cinco R: Repense as suas práticas ambientais, Recuse a aquisição de bens com elevado impacto ambiental, Reduza o consumo de bens desnecessários, Reutilize tudo o que pode ser reaproveitado, Recicle o que não pode reutilizar.
Portugal é um dos países da União Europeia que mais será afetado pelos efeitos das alterações climáticas, na erosão costeira, nos riscos da subida do nível das águas do mar, de desertificação e de incêndio florestal.
Temos o dever de agir
Bárbara e Alberto Maia
Alterações Climáticas