No senso comum, a palavra ruído significa barulho, som ou poluição sonora não desejada. Na electrónica o ruído pode ser associado à percepção acústica, por exemplo de um "chiado" característico (ruído branco) ou aos "chuviscos" na recepção fraca de um sinal de televisão. De forma parecida a granulação de uma foto, quando evidente, também tem o sentido de ruído. No processamento de sinais o ruído pode ser entendido como um sinal sem sentido (aleatório), sendo importante a relação Sinal/Ruído na comunicação. Na teoria da informação o ruído é considerado como portador de informação. O ruído faz-se presente nos estudos de Acústica, Cibernética, Biologia, Electrónica, Computação e Comunicação.
Ruído natural - refere-se a ruídos de causas naturais tais como radiação cósmica de fundo, ruídos atmosféricos, ruídos inerentes a dispositivos passivos e activos da electrónica.
Ruído artificial - refere-se a ruídos de causas artificiais, como por exemplo, ruídos de interferência ou exames de IAS – Indexante dos Apoios Sociais.
Ruído exógeno - refere-se às interferências externas ao processo de comunicação, como outra mensagem.
Ruído endógeno - refere-se às interferências internas do processo de comunicação, como perda de mensagem durante seu transporte ou má utilização do código.
Ruído de repertório - refere-se às interferências ocorridas directamente na produção ou interpretação da mensagem, provocadas pelo repertório dos emissores e receptores.
O ruído é uma das principais causas da degradação da qualidade do ambiente urbano. Os transportes são os principais responsáveis, embora o ruído de atividades industriais e comerciais possa assumir relevo em situações pontuais. De acordo com vários estudos efectuados, é reconhecido que, para um mesmo nível sonoro, a percentagem de pessoas incomodadas é mais elevada relativamente ao tráfego aéreo, seguido do rodoviário e por último o ferroviário.
É possível controlar o ruído na fonte, na transmissão e no receptor.
Os níveis sonoros relacionados com o Ruído Ambiente raramente afetam o sistema auditivo. Os efeitos mais frequentes traduzem-se em perturbações psicológicas ou fisiológicas associadas a reações de 'stress' e cansaço. O ruído interfere com as comunicações e provoca perturbações no sono, na capacidade de concentração e hipertensão arterial.
O ruído é um problema de saúde pública. O controlo do ruído requer o empenho de todos.
O ruído é um som indesejado, que constitui uma causa de incómodo, um obstáculo à concentração e à comunicação e cuja intensidade é medida em decibéis (dB).
A escala de decibéis é logarítmica, de modo que um aumento no nível de som de três decibéis representa um aumento da intensidade de ruído para o dobro. Por exemplo, uma conversa normal pode atingir cerca de 65 dB e o nível atingido por alguém a gritar será de cerca de 80 dB. A diferença em dB é apenas de 15 valores, mas a pessoa que grita atinge uma intensidade 30 vezes superior. A sensibilidade do ouvido humano em relação a diferentes frequências também varia; por conseguinte, o volume ou intensidade do ruído são normalmente medidos em decibéis com ponderação A (dB(A)).
Neste âmbito, o ruído torna-se uma variável ambiental que requer toda a atenção, dada a sua importância nos mais diversos aspetos, nomeadamente associados à saúde humana e bem estar.
A escala de valores de nível de pressão sonora varia entre 0dB(A) - limiar da audição e 130 dB(A) - limiar da dor.
BM/AM
Fonte dos gráficos: Instituto do Ambiente