Aula Entomologia – Estudo dos Insetos

No passado dia 8 de fevereiro, a aula de “Questões Ambientais” I da Professora Mariana Mareco, foi acerca da vespa asiática e dos insetos polinizadores.

Com vista à monitorização ativa da vespa velutina no Município do Seixal, foram instaladas duas armadilhas entomológicas em locais estratégicos, uma no Parque Desportivo Municipal da Verdizela e outra num terreno municipal em Fernão Ferro.

Estas armadilhas são monitorizadas quinzenalmente pelas equipas municipais da Divisão de Higiene Urbana, com registo dos dados numa aplicação digital, que posteriormente compila a informação de todo o país. Pretende-se, assim, conhecer melhor os padrões da invasão de evolução territorial, com o objetivo de diminuir o impacto causado nas zonas onde já se encontra instalada, contribuir para erradicar novos focos em regiões não ocupadas e avaliar o impacto da vespa asiática sobre os ecossistemas e sobre os serviços de polinização que suportam.

Esta medida insere-se no plano que decorre a nível nacional, no âmbito da Rede Nacional de Vigilância Ativa da Vespa Velutina.

Caraterísticas da vespa velutina:

  • As patas são escuras com pontas amarelas
  • Tem um ferrão com cerca de 6mm
  • O dorso, a cabeça e o tórax também são escuros
  • As asas têm cor fumada
  • Entre o 1º e o 2º segmento abdominal têm uma linha amarela

Nunca nos devemos aproximar do ninho, nem tentar destruí-lo, porque esta espécie reage muito a perturbações e corremos o risco de ser picados.

Ao identificar um ninho de vespa asiática devemos alertar as autoridades competentes para a destruição.

No caso de ser picado e sofrer uma reação alérgica, deverá ligar de imediato para o 112.

De seguida a Profª Mariana Mareco abordou a questão dos insetos polinizadores. A Entomologia é a ciência que estuda os insetos.

Grande parte das plantas com flores das matas e florestas das culturas agrícolas, dependem dos polinizadores. A polinização, por exemplo, das abelhas é fundamental para garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos em diversas culturas agrícolas.

Mas, porque estão a desaparecer as abelhas e os polinizadores?

É um facto: nos últimos anos os apicultores europeus detetaram uma grande redução no número de colónias de abelhas, especialmente nos países no Oeste da UE, como França, Bélgica, Espanha e Holanda. Contudo, muitos outros países no mundo, como os EUA, a Rússia e o Brasil, estão a experienciar o mesmo problema, indicando uma crise global nesta matéria.

O Parlamento Europeu acaba de divulgar um documento que explica a importância dos insetos polinizadores, o seu impacto na economia e as principais causas do seu desaparecimento.

Os polinizadores são expostos a vários fatores que podem contribuir para este quadro. Entre as ameaças estão as alterações na utilização dos solos, para a agricultura ou para a construção de edifícios, que resultam muitas vezes na perda ou degradação de habitats.

A agricultura intensiva torna as paisagens homogéneas e pode levar ao desaparecimento da flora, reduzir o número de alimentos ou os locais onde os pássaros podem fazer os seus ninhos.

Os pesticidas e outros poluentes podem também afetar os polinizadores – diretamente (inseticidas e fungicidas) e indiretamente (herbicidas) – e, por esta razão, o Parlamento Europeu sublinhou a importância da sua redução como uma prioridade.

As espécies invasoras, como a vespa asiática, e algumas doenças são particularmente perigosas para as abelhas. As alterações climáticas, que estão a provocar o aumento das temperaturas e eventos meteorológicos extremos, também contribuem para esta problemática.

Obrigada Professora Mariana Mareco por mais esta lição de sabedoria, da qual saímos culturalmente mais ricos.

Bárbara Maia

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