“A Terra Treme”

Aula de Questões Ambientais de 20 novembro 2018

 A aula decorreu num ambiente muito característico de “Prós” e “Contras”, sob orientação da Professora Mariana Mareco.
“Prós” os alunos Maria José Gonçalves, Glória Silva e  Augusto Areias.
“Contra” os alunos José Capelo e Carlos Pereira.

Foi feita uma introdução sobre os Terramotos ou Sismos:
Um sismo, chamado  terramoto  quando de grande magnitude, é o resultado de uma súbita liberação de energia na crosta do planeta Terra, geralmente por conta do choque entre placas tectónicas, o que cria ondas sísmicas. A sismicidade ou atividade sísmica de uma área refere-se à frequência, tipo e tamanho dos terremotos registados ao longo de um período de tempo na região. Os terremotos são medidos através de observações de sismógrafos. A escala de magnitude de momento é a forma mais comum para medir a magnitude de tremores de terra mais fortes relatados por todo o globo.Os terremotos abaixo da magnitude 5, menores e mais numerosos, que são relatados por observatórios sismológicos nacionais são medidos principalmente na escala de magnitude local, também referida como a escala de Richter. Estas duas escalas são numericamente semelhantes. Os sismos abaixo da magnitude 3 são em sua maioria quase imperfectíveis ou fracos demais, enquanto que os de magnitude 7 ou mais podem potencialmente causar sérios danos em áreas maiores, dependendo da sua profundidade. Os maiores terremotos já registados têm sido de magnitude ligeiramente superior a 9, apesar de não haver um limite para a intensidade de sismos. O mais recente grande terremoto que atingiu a magnitude 9 foi o sismo e tsunami de Tohoku de 2011, o maior terremoto que atingiu o Japão desde que os registos começaram a ser feitos. A intensidade da agitação é medida pela escala de Mercalli. Quanto mais raso for o terremoto em relação a superfície terrestre, maiores serão os danos causados.

Descrição do fenómeno sísmico

A maior parte dos sismos ocorrem nas fronteiras entre placas tectónicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos. O comprimento de uma falha pode variar de alguns centímetros até milhares de quilómetros, como é o caso da falha de Santo André na CalifórniaEstados Unidos.

Só nos Estados Unidos ocorrem de 12 000 a 14 000 sismos anualmente (ou seja, aproximadamente 35 por dia). Baseado em registos históricos de longo prazo, aproximadamente 18 grandes sismos (terremotos ou terramotos, de 7,0 a 7,9 na escala de magnitude de momento) e um terremoto gigante (8 ou superior) podem ser esperados no período de um ano. 

Entre os efeitos dos sismos estão a vibração do solo, abertura de falhas, deslizamentos de terras, tsunamis, mudanças na rotação da Terra, mudanças no eixo terrestre, além de efeitos deletérios em construções feitas pelo homem, resultando em perda de vidas, ferimentos e altos prejuízos financeiros e sociais (como o desabrigo de populações inteiras, facilitando a proliferação de doenças, fome, etc).

Os colegas dos “Prós”  (Maria José Gonçalves, Glória Silva e Augusto Areias), sensibilizaram para o risco sísmico. 

O que fazer em caso de sismo

 Todos os anos se realiza o exercício de sensibilização para o risco sísmico “A Terra Treme”, pois é importante relembrar as regras básicas de segurança incluindo alguns cuidados a ter antes, durante e depois de um sismo. 

Siga os 7 passos muito importantes:

 Antes – como preparar-se para um sismo

  1. Identifique e corrija os riscos da sua casa

A casa deve estar preparada para uma emergência. Fixe bem às paredes, chão ou teto os móveis, armários, estantes, candeeiros e outros objetos que podem soltar-se e cair. Coloque os objetos pesados, ou de grande volume, no chão ou nas prateleiras mais baixas das estantes. Objetos como espelhos ou quadros pesados não devem ser colocados por cima de lugares como a cama ou o sofá. Não coloque as camas perto das janelas. Tenha um extintor em casa, aprenda a usá-lo e faça as revisões periódicas.

As crianças devem ser ensinadas a fazer frente às emergências. Explique de forma tranquila e simples as recomendações mais básicas. Elas devem abrigar-se debaixo de uma mesa ou de uma cama e devem proteger a cabeça e os olhos. Uma boa forma de ensinar estas instruções às crianças é fazê-lo como se fosse um jogo.

  1. Organize um Plano Familiar de Emergência

Elabore um plano de emergência para que todos saibam como agir em caso de sismo. Após um sismo devemos desligar a água, a eletricidade e o gás, para evitar curto-circuitos, incêndios ou inundações. Tenha sempre presente os números de emergência, junto do telefone fixo ou no seu telemóvel: 112, Polícia, Bombeiros, Serviços Médicos e da Proteção Civil. Mas lembre-se que em caso de sismo deverá utilizar o telefone unicamente em caso de extrema necessidade.

O seu plano de emergência familiar deve ter ainda:O nome do responsável que verifica os itens essenciais do Kit de Emergência familiar.

  1.  O nome do responsável que verifica os itens essenciais do Kit de Emergência
  2.  O ponto de encontro da família, fora do local de residência, trabalho ou escola, conhecido de todos o que seguem o seu plano.
  3.  Instruções de como se contactarem uns aos outros durante a emergência. Incluir o contacto de uma pessoa, fora da sua área de residência, que possa auxiliar.

3 - Prepare um Kit de Emergência

 Tenha em casa uma pequena mochila de emergência com: rádio a pilhas, lanternas, pilhas de reserva, estojo de primeiros socorros, medicamentos e alguns agasalhos. A mochila deve ficar guardada num lugar fixo que seja conhecido por todos, incluindo os mais novos.

4 - Identifique os pontos fracos do seu edifício

Conheça, tão bem quanto possível, a estrutura de sua casa ou do local de trabalho, tentando perceber da existência de estrutura antissísmica, relacionando ainda elementos como:

  1. Ano em que foi construído;
  2. Número de pisos e materiais utilizados;
  3. Estado de conservação;
  4. Localização dos edifícios.

Durante um Sismo

  1. Execute os 3 gestos que protegem

Durante um sismo, os 3 gestos fundamentais que podem salvar vidas são: BAIXAR-SE sobre os joelhos, uma posição que evita a queda durante o sismo. Depois PROTEGER a cabeça e o pescoço com os braços e as mãos, procurando abrigar-se, se possível, sob uma mesa resistente e segurar-se firmemente. Por fim, AGUARDAR até que a terra pare de tremer.

Lembre-se ainda:

Em caso de sismo mantenha a calma e ajude a acalmar as pessoas que estão junto a si. Evite ficar no meio da divisão e afaste-se de chaminés, janelas, espelhos, vitrinas ou objetos que possam cair. Procure refúgio num canto da sala, debaixo do vão de uma porta interior, do pilar de uma trave mestra, ou de móveis sólidos, como mesas, camas ou secretárias. Ligue o rádio e fique atento às instruções.

Se estiver na rua, afaste-se de árvores, postes elétricos, muros e edifícios, por causa da possível queda de escombros. Não vá para casa. Procure lugares abertos, como praças, descampados ou avenidas amplas.

Mantenha-se num local seguro e não circule pelas ruas, deixando-as livres para as viaturas de socorro. Regresse a casa apenas quando as autoridades o aconselharem.

Se estiver a conduzir no momento do sismo, pare a viatura assim que for possível e permaneça dentro do veículo. Afaste-se de pontes, postes elétricos ou edifícios. Tenha cuidado com os cabos de alta tensão caídos e com os objetos que estejam em contacto com eles. Ligue o rádio e fique atento às instruções difundidas.

Colabore com as autoridades. Lembre-se que a utilização simultânea e de forma massiva do telefone bloqueia as linhas, impedindo o bom funcionamento das comunicações, que são imprescindíveis para as operações de socorro. Use o seu telefone unicamente em situações de emergência.

Afaste-se das praias porque é possível que ocorra um tsunami nos instantes seguintes ao sismo. Em caso de alerta das autoridades, vá rapidamente para uma zona alta e afastada da costa. Se estiver numa embarcação dirija-se para o alto-mar.

Após um Sismo

 6 - Cuide de si, em seguida ajude os outros

Avalie com atenção o que se passa à sua volta

 Se estiver num edifício não se precipite para a saída. Fique no seu interior, ajoelhe-se e proteja a cabeça e os olhos, espere que o sismo pare e depois saia com calma. Se ficar preso tente comunicar com o exterior batendo com algum objeto.

Nunca use o elevador. O sismo pode provocar a queda do elevador ou cortar a eletricidade, deixando-o preso no seu interior. Se tiver de utilizar as escadas verifique se estas resistem ao peso. Se existirem destroços, calce botas ou sapatos resistentes para se proteger. Evite circular pelas zonas sinistradas, porque para além de perigoso, dificulta os trabalhos de socorro.

Numa situação de catástrofe é frequente existirem fugas de gás. Após um sismo não acenda fósforos ou isqueiros, nem ligue o interruptor porque pode provocar uma explosão. Corte imediatamente o gás, a água e a eletricidade. Veja se a casa sofreu graves danos. Se em casa não estiver seguro saia para a rua mas não utilize o elevador. Tenha cuidados com os vidros partidos e com os cabos de eletricidade soltos.

Depois de um sismo deve abrir os armários com precaução, já que alguns objetos podem ter ficado numa posição instável. Se detetar o derrame de substâncias tóxicas ou inflamáveis, deve limpar a zona o mais rapidamente possível. Se existirem destroços, deve calçar botas ou sapatos resistentes para se proteger dos objetos cortantes ou pontiagudos.

7 . Esteja atento às indicações das autoridades

A seguir ao sismo avalie o estado em que ficou o edifício onde se encontra, porque podem ocorrer réplicas que derrubem as áreas danificadas. Utilize os telefones apenas em caso de urgência, quando existirem feridos graves, fugas de gás ou incêndios. Se possível, consuma apenas água engarrafada. Ligue o rádio e fique atento às instruções das autoridades.

 

Os colegas dos “Contra”  também fizeram a seguinte intervenção: (José Capelo e Carlos Pereira)

“Nós somos contra que a Terra trema”

Nas explosões ou experiências nucleares ou outras como bombas de hidrogénio, estas ainda mais potentes e de cujas detonações não estão controlados seus efeitos na Terra, provocando sismos de maior ou menor magnitude.

Concentrando-nos nos tremores de terra, será que as nossas casas estão preparadas para uma defesa ativa, preferencialmente nas zonas de maior risco como é o caso da nossa Península de Setúbal?

Muito fundamental será a prevenção e vejamos uma breve análise a um caso concreto:

Ocorrem 2 sismos, ambos de magnitude 7, um deles no Japão e o outro na Turquia. O sismo do Japão teve uma intensidade 4 porque o Japão é um país bem preparado para os sismos e portanto a destruição de habitações foi mínima. No entanto, o sismo na Turquia, com a mesma magnitude, teve uma intensidade 8, já que destruiu inúmeros edifícios devido ao facto de a Turquia não estar preparada para sismos de grandes dimensões.

Prevenir antes que seja tarde!

Vai acontecer um dia pois a questão já não é “se” mas “quando”. Quando a terra voltar a tremer em Portugal com força suficiente, pode provocar graves danos materiais e até humanos e como tal devemos estar preparados para o dia que a terra tremer.

 “No fundo são medidas de proteção individual. É como entrar no carro e meter o cinto de segurança. Hoje em dia já todos achamos isso natural mas não era assim anteriormente”, explica Paulo Candeias, investigador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

 

Terramoto de Lisboa 1755

1 pensou em ““A Terra Treme”

  1. Correndo o risco de comentar em causa própria,julgo que foi um bom arranque para este modelo de aula e por certo outras se seguirão,com igual ou superior qualidade.Parabéns à nossa professora Mariana Mareco pelo grande empenho com que nos acompanha.

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